domingo, 21 de março de 2010

Oficio sem mestre

Não sei se estou indignada com a situação, confusa ou conformada. Aconteceu semana passada quando uma professora levou os adolescentes para assistir um filme na sala de vídeo. O assunto era interessante, pois o documentário falava sobre a invasão de vírus mortal em uma região. Nesta região atacada por vírus mortais, os cientistas buscavam desesperadamente um contra-ataque para resolver o problema e descobrir qual a origem do vírus. Concluindo, o trabalho dos cientistas e seus auxiliares foram fundamentais para a solução do problema. Uma aula e tanto, heim! Seria muito legal de não fosse o caso do sumiço de um cabo para o vídeo. Assim que localizamos a falta do tal cabo, a professora foi chamada para esclarecimentos. Coisa insignificante? Que nada! Alguém levara o cabo embora e a professora dentro da sala não percebera a ação. A professora convocou a turma para uma conversa séria. Não obtendo a resposta, a professora se prontificou em pagar o cabo sumido. Surpreso com a decisão da professora, um aluno sentiu –se mal diante da situação e alegou ter visto um colega de sala com o cabo na mão e dizendo que ia vendê-lo. O aluno foi chamado e para espanto geral, com apenas a pergunta: você viu quem pegou o cabo do vídeo? A resposta surpreendeu: fui eu, por que? Então devolva me-disse a diretora-, pois o cabo pertence a escola. Esta bem, segunda –feira trago de volta e entrego-o a senhora, responde o adolescente. Esse fato ocorrido no interior de uma sala de aula, sem que quase ninguém percebesse e a conivência dos colegas de sala em não denunciar o furto, faz-me pensar, como podemos explorar pedagogicamente essa tensão social que repercute no cotidiano das nossas escolas. Como não permitir o contágio dessa tensão social no cotidiano escolar? Como repensar nossas certezas, nossos valores docentes nesses tempos de exclusão social aos que nos pedem a mão enquanto educadores que somos? Já dizia Miguel Arroyo, em seu livro Oficio de mestre: Imagens e auto-imagens pg 180 “ a criança jaz no meio da rua...quando cai sobre sua estrada o escuro? ...longe, ainda uma luz doura a criação do futuro. Mas, o que fazer com o presente”...(?)

Um comentário:

  1. Eliana,

    Meu nome é Vicente Willians sou do Rio de Janeiro estive em um seminário da secretaria de educação do MT em Cárceres e achei que os professores desse estado são muito envolvidos com a educação. Achei o seu blog muito interessante. Devo realizar a pesquisa em escolas do Mato Grosso. Gostaria de saber se você também usa esse recurso em suas aulas? Incentiva seus alunos a criarem blogs? Vc fez algum dos cursos do Proinfo?

    Desde já agradeço a sua atenção se possível visite o meu site e blog para conhecer um pouco da minha pesquisa.

    Meu site:
    http://sites.google.com/site/vicentewilliansnunes
    Blog educacional:
    http://vwnunes.blog.uol.com.br/

    Saudações e obrigado.

    Vicente Willians (e-mail: vwnunes@gmail.com)

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